Na volta de aquecimento

Grande Prêmio do Japão, 53 voltas para a estréia... Estréia? De quem? De que carro? Talvez o leitor mais atento esteja tentando entender a procedência desta informação, afinal já estamos na última etapa da temporada da Fórmula 1 – 2003. Antes que você me chame de doida ou desista de ler essa coluna, eu explico: na verdade, a estréia é minha, como colaboradora e redatora desta página de esporte. Já que ainda não disponho do prestígio de uma "Na grande área" e da popularidade de um Armando Nogueira (não se incomode com a pretensão, estudante de jornalismo é assim mesmo), achei interessante apresentar este espaço ao leitor. Daí veio a idéia de fazer uma "volta de aquecimento", falando um pouquinho de mim e da minha relação com o esporte, para depois entrar nos "finalmente" da corrida. Então, vamos às informações (aliás, são elas que fazem o mundo girar atualmente, não é mesmo?)

Sobre a ‘piloto’:

Comecei a acompanhar a área esportiva no ano de 1992. Morava em Goiânia na época, e com meus 11 anos de idade, ainda não entendia a lógica de 22 homens correrem atrás de uma bola de futebol. Ficava imaginando quem teria crédito maior: o time que estava com a bola (pois teria a chance de fazer o gol) ou o adversário que, invariavelmente, em poucos minutos, ou até mesmo segundos, ‘roubaria’ a bola e aí teria a sua oportunidade. Pensamentos filosóficos (ou estranhos mesmo) a parte, a verdade é que eu ainda não tinha descoberto a paixão pelo futebol e pelo esporte, em geral. Assistia as partidas aos sábados, porque com uma televisão só funcionando em casa, e com meu pai no comando do controle remoto, eu não tinha outra opção. Mas as coisas mudaram. Aos poucos, comecei a gostar de futebol e, cada vez mais, prestava atenção nas explicações do meu pai. Vocês sabem, essas explicações sobre impedimento, gol olímpico e até sobre a mãe do juiz, que todo menino parece nascer sabendo e que eu tive a sorte de aprender. Ouvi falar até de uma tal supremacia do São Paulo (time que meu pai torcia), mas com o discernimento correto, resolvi não adotar esta filosofia na minha vida. Fazer o quê, né? Nem toda educação é perfeita, pais também erram...

O futebol marcou apenas o início da minha relação com o esporte. Em 1992, descobria as outras modalidades nos Jogos Olímpicos de Barcelona. E mais uma vez, não tem como deixar de falar do meu pai. Era ele quem me acordava de madrugada para assistirmos aos jogos. Fui me familiarizando com alguns nomes e apelidos: Jaime Oncis, Mão-Santa, Gustavo Borges, Márcia Fú, Giovanne Gavio, Hortência... Daí para frente, não tinha mais jeito. Tinha me tornado ‘a’ torcedora do esporte brasileiro.

E sobre a Fórmula 1, o que eu tenho a dizer? Confesso que pouco acompanhei sobre o nosso maior ídolo, Ayrton Senna. Apenas lembro-me de torcer por ele na Mac Laren e pelo Rubinho na Jordan; acho que em 93. E no ano seguinte...expectativa total, contrato com a Williams e um muro que não pode ser transposto...

Como você perceberá, leitor, o meu conhecimento em esporte não é especializado, mas sim empírico, resultado de jogos, partidas e corridas que assisti. Isto ficará ainda mais claro quando você iniciar a leitura do texto abaixo, fruto muito mais da minha memória (que, lógico, é falha) do que de estatísticas sobre o assunto. A minha intenção aqui é escrever sobre algo de que gosto, e de que gosto muito, apesar de reconhecer que nem sempre estou atualizada com as novidades da área. Um último recado para você: estou aguardando o seu feed-back e a sua contribuição, para que esta coluna, não só melhore, mas para que ela possa, tal como a sua redatora, se ‘formar’ e obter o diploma de "Doutora da Bola".

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